quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Transformar-se em CORPO...

Pensamentos...

O corpo, deliberação de poesias (poieses). É dele que saem expressões mais intrísecas, coberto de pura conotação, lirismo metaforicamente falando.
Metamorfosear é o que precisamos, necessitamos de um CORPO, de formato maior.




"O teatro tem de ser um corpo sem orgãos"
Antonin Artaud

A fala de Grotowski


"A arte não é um estado da alma (no sentido de algum momento extraordinário e imprevisível de inspiração), nem um estado do homem (no sentido de uma profissão ou função social). A arte é um amadurecimento, uma evolução, uma ascensão que nos torna capazes de emergir da escuridão para uma luz fantástica "


sábado, 6 de fevereiro de 2010

CAMINHOS



"Acontece que me canso de meus pés e de minhas unhas, do meu cabelo e até da minha sombra. Acontece que me canso de ser homem. Todavia, seria delicioso assustar um notário com um lírio cortado ou matar uma freira com um soco na orelha. Seria belo ir pelas ruas com uma faca verde e aos gritos até morrer de frio. Passeio calmamente, com olhos, com sapatos, com fúria e esquecimento, passo, atravesso escritórios e lojas ortopédicas, e pátios onde há roupa pendurada num arame: cuecas, toalhas e camisas que choram lentas lágrimas sórdidas".

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Nosso Caminho em 2010 - O Mito


"O Mito é uma realidade cultural extremamente complexa, que pode ser abordada, interpretada através de perspectivas múltiplas e complementares. O mito conta com uma história sagrada, ocorrido num tempo primordial, o tempo fabuloso do princípio. Portanto, uma história verdadeira que sempre se refere a uma realidade.
O Mito do artista maldito do século XIX, está hoje obsoleto, a audácia e a provocação há muito deixaram de ser prejudiciais ao artista; tudo é permitido".

Inicia-se aqui, mais uma etapa nesta caminhada continua da CIA AS MARGARIDAS, recomeçaremos um processo mais aprofundado em relação aos mitos e aos arquétipos na nossa contemporaneidade. Segue-se um fio que já estamos desenrolando há um ano na nossa cidade; "O Ciclo...Entre os fios míticos nas ruas da cidade", tecerá uma dialética entre as figuras, os transeuntes, os moradores e a cidade. Sairemos totalmente do que é confortável e passaremos ao incomum, ao não-confortável.
Em profundidade, daremos continuidade a um trabalho intrínseco, que desejamos que perpasse pelo sensorial e o cognitivo.
Mais uma vez, teceremos caminhos entre; a velha, a noiva, a grávida e a figura do homem vista em meio a essas mulheres.
Seguirá dentro da cidade, este labirinto de concreto, tecido invisivelmente pelo fio de Ariadne a performance "O Ciclo...Entre os fios míticos nas ruas da cidade".
Desejamos, queremos, precisamos!
Precisamos minimizar esta dor deste "tempo morto, tempo que destrói e que mata".