domingo, 4 de outubro de 2009

A Velha


A jovialidade acabou, sou um trampo velho, sem espaço, ao chão, sem alma.
Trapo tem alma?
Minha carne esta seca, seco também é meu ventre. Sou como a uma ameixa seca.
Perdi minh'alma em mim, no outro, minha alma esta envelhecida.
Não sinto mais meu corpo, sinto somente as dores que ele exala.
Envelhecida em mim, escondida em meu inconsciente.
Teço o fim...

(*Texto escrito por Sol Bentto)

A Grávida


Eu não vou gerar vida, não sou capaz disso.
A linha da vida acaba aqui.
Sempre achei a gravidez uma escolha. A única coisa que você quer de mim é que eu te dê filhos, sou apenas um útero em chamas que clama pela água que jorra de ti.

Útero em chamas!

Eu não quero nenhum elo, não quero me prender a sentimentos, nem meu seio no céu da sua boca, apenas ser possuída, eu quero.

Ser possuída, eu quero.

(*texto escrito por Bruna Vitorino)

O Homem



A intensidade das palavras também se reflete ao aroma da Margarida.
E integra toda a uma atmosfera que "tece" a sua criação.
Tece a sua criação.




Me sinto preso mesmo estando de partida.


Preso e de partida...

(*texto escrito por Antonio Meira)